No cenário econômico altamente digitalizado de hoje, as fintechs desempenham um papel crucial ao oferecer serviços financeiros inovadores e acessíveis. Entretanto, à medida que essas empresas impulsionam a transformação do setor financeiro, também enfrentam desafios significativos em relação à segurança de dados.
Um relatório recente da KPMG revela que em 2022, 43% das fintechs foram vítimas de violações de dados. Complementando o panorama preocupante, um estudo da IBM indica que cada uma dessas violações teria um custo médio de 6,67 milhões de dólares para essas empresas.
Neste artigo, exploraremos a importância crítica da defesa cibernética para as fintechs e os principais desafios de cibersegurança que elas enfrentam atualmente. Além disso, apresentaremos estratégias essenciais para otimizar a segurança dessas organizações, garantindo a proteção dos dados e a confiança dos clientes. Tenha uma excelente leitura!
Importância da segurança de dados para as fintechs
A defesa cibernética desempenha um papel crucial no contexto das fintechs, uma vez que elas oferecem uma ampla variedade de serviços financeiros de forma digital. A seguir, destacamos 8 motivos que tornam a segurança de dados fundamental para essas organizações:
- Proteção de dados sensíveis: fintechs lidam com informações críticas, como dados bancários, históricos de transações e informações pessoais dos clientes, sendo essencial protegê-las contra ciberataques;
- Compartilhamento seguro de informações: é necessário garantir que o compartilhamento de dados entre todas as partes envolvidas seja feito de maneira segura e eficiente. Para tanto, é fundamental o uso de mecanismos de consentimento do cliente e tecnologias avançadas de criptografia;
- Gerenciamento seguro de identidades digitais: as fintechs precisam garantir a segurança das identidades digitais dos clientes para evitar fraudes e ataques de impostores;
- Prevenção contra malwares: é fundamental proteger as plataformas utilizadas pelas fintechs contra malwares, os quais representam uma ameaça à integridade dos dados e do sistema;
- Segurança na nuvem: o uso de soluções baseadas em nuvem é comum na indústria fintech, e é importante mitigar os riscos associados a elas. Somente assim é possível garantir a segurança, acessibilidade e escalabilidade das aplicações;
- Conformidade com regulamentações: é necessário cumprir as regulamentações de segurança cibernética, visando proteger os dados dos clientes e evitar violações;
- Redução de custos e danos à reputação: violações de segurança podem gerar prejuízos financeiros e danos à reputação da empresa, incluindo multas, processos e perda de confiança;
- Construção de confiança com os clientes: demonstrar um compromisso firme com a privacidade e a proteção de dados ajuda a ganhar a confiança dos clientes. Isso contribui para a fidelização e o crescimento sustentável do negócio.
Leis de cibersegurança com as quais as fintechs devem estar em conformidade
As leis de cibersegurança desempenham um papel essencial no setor fintech, garantindo a proteção das instituições e dos dados sensíveis dos clientes contra ameaças digitais. Entre as legislações mais relevantes no contexto brasileiro, destacam-se:
Resolução CMN 4.893/2021
A Resolução CMN 4.893/2021 estabelece diretrizes detalhadas para a implementação da política de cibersegurança nas instituições financeiras. Isso inclui critérios para contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados.
Resolução CVM 35/2021
A Resolução CVM 35/2021 define diretrizes para a mediação de operações envolvendo valores mobiliários em mercados regulamentados. Uma das exigências da resolução é a elaboração de uma política abrangente de segurança da informação pelos intermediários dessas operações.
Lei nº 13.709/2018 (LGPD)
A Lei nº 13.709/2018, comumente conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), representa um marco legal fundamental para a proteção de dados pessoais. Esta legislação estabelece normas abrangentes relacionadas à coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de informações, sendo aplicáveis também às fintechs.
Resolução nº 119/2021
A Resolução nº 119/2021 modifica a Circular nº 3.978/2020, estabelecendo diretrizes para políticas, procedimentos e controles internos visando prevenir o uso do sistema financeiro para lavagem de dinheiro. Esta resolução delineia que os procedimentos para verificar a identidade do cliente devem incluir a obtenção, verificação e validação das informações de identificação fornecidas pelo mesmo.
Resolução BCB nº 85
A Resolução BCB nº 85 dispõe sobre a política de cibersegurança e requisitos para contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados em nuvem por instituições de pagamento. A resolução exige a implementação de medidas abrangentes, que incluem não apenas a proteção de dados, mas também a resposta a incidentes, visando assegurar a continuidade dos serviços.
Resolução Conjunta nº 6/2023
A Resolução Conjunta nº 6/2023 define critérios para o intercâmbio de dados e informações relacionados a suspeitas de fraudes entre instituições financeiras. Seu objetivo primordial é prevenir atividades fraudulentas através do compartilhamento de informações relevantes.
Principais desafios de segurança de dados enfrentados pelas fintechs
Com o rápido crescimento da indústria fintech e a evolução das ameaças digitais, os desafios de cibersegurança tornaram-se uma preocupação cada vez mais premente. Nesta seção, abordamos os 8 principais desafios de cibersegurança que as fintechs enfrentam atualmente:
- Violações de dados: violações de informações representam uma ameaça grave à indústria fintech, dada a natureza delicada dos dados financeiros. Crackers exploram vulnerabilidades nos protocolos de segurança para obter acesso não autorizado a dados de usuários, resultando em fraudes financeiras e roubo de identidade;
- Ameaças à segurança móvel: aplicativos são fundamentais para as fintechs, facilitando o acesso aos serviços financeiros, mas enfrentam vulnerabilidades devido à sua ampla adoção;
- Ataques de phishing: mobilizam estratégias enganosas para persuadir os clientes de fintechs a compartilhar informações confidenciais. Através de e-mails, SMS ou ligações, cibercriminosos se passam por entidades legítimas, induzindo a clicar em links maliciosos ou divulgar credenciais de acesso;
- Ataques de ransomware: o crescimento do ransomware-as-a-service (RaaS) e o consequente aumento de ataques de ransomware direcionados a fintechs representam sérios riscos operacionais e financeiros;
- Ataques DDoS: podem sobrecarregar os sistemas das fintechs com tráfego excessivo, resultando na interrupção dos serviços e causando prejuízos financeiros e à reputação;
- Vulnerabilidades de APIs: as APIs são essenciais para a integração de dados no ecossistema fintech, porém, costumam apresentar vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos;
- Ameaças internas: funcionários ou parceiros com acesso privilegiado podem utilizar inadequadamente dados confidenciais, seja intencionalmente ou não, gerando riscos significativos à segurança organizacional;
- Conformidade regulatória: as fintechs devem aderir a diversos padrões regulatórios rigorosos, enfrentando consequências severas por não cumprimento, como multas financeiras e danos à reputação.
Estratégias para otimizar a segurança cibernética das fintechs
Nesta seção, apresentamos 7 estratégias eficazes para proteger os dados e os sistemas de sua fintech, assegurando a confiança dos clientes. Confira:
- Salvaguarda de informações: a implementação de criptografia ponta a ponta e tokenização torna os dados ininteligíveis para terceiros não autorizados. Além disso, a aplicação de controles de acesso rigorosos, monitoramento constante e auditorias regulares ajuda a identificar e mitigar vulnerabilidades;
- Segurança de aplicativos móveis: utilizar protocolos de criptografía robustos para proteger dados, implementar medidas de autenticação rigorosas e conscientizar os usuários sobre os riscos dos aplicativos móveis;
- Anti-phishing: promover uma postura vigilante e educar os usuários dos serviços fintech sobre como detectar tentativas de phishing. Além disso, é essencial implementar autenticação multifator, utilizar filtros de e-mail robustos e realizar atualizações regulares nos protocolos de segurança;
- Defesa contra ransomware: treinar os funcionários para identificar atividades suspeitas e reagir prontamente a ameaças reduz a probabilidade de ataques de ransomware bem-sucedidos. É essencial ter um plano de resposta a incidentes claro, que inclua protocolos para recuperação e comunicação de dados, para minimizar os impactos desses ataques;
- Prevenção de ataques DDoS: implementar uma infraestrutura de rede resiliente e sistemas de monitoramento de tráfego em tempo real é crucial para detectar e mitigar ataques DDoS de forma ágil. Além disso, ter um plano de resposta a incidentes bem definido também é essencial para reduzir os danos desses ataques;
- Proteção de APIs: empregar um design seguro para as APIs, incluindo autenticação robusta, como OAuth ou chaves de API, e monitoramento constante do tráfego. Além disso, avaliações de segurança regulares e testes de penetração são fundamentais para identificar e corrigir vulnerabilidades antes de serem exploradas;
- Segurança interna: implantar controles de acesso restritos, monitorar as atividades dos funcionários e fornecer treinamento sobre cibersegurança ajuda a prevenir acesso não autorizado e detectar possíveis ameaças.
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Em um cenário cada vez mais digitalizado, a segurança de dados é fundamental para as fintechs garantirem a confiança de seus clientes e a integridade de suas operações. Ao longo deste artigo, exploramos a importância crítica da defesa cibernética para essas empresas, os desafios enfrentados atualmente e estratégias essenciais para otimizar sua segurança digital.
Para otimizar a proteção cibernética, é essencial adotar estratégias proativas e investir em soluções robustas. A Diazero Security oferece uma variedade de soluções para fortalecer a defesa digital das fintechs. O Inopli não apenas gerencia incidentes, mas oferece uma visão completa e inteligente da segurança cibernética, com automação avançada e integração perfeita a outras ferramentas.
Além disso, a Tanium oferece uma plataforma de gestão de endpoints que vai além das ferramentas tradicionais, otimizando a segurança interna da empresa. Através da Appdome, é possível proteger os aplicativos móveis, que representam a espinha dorsal das fintechs, contra uma ampla gama de ameaças.
Ao implementar essas e outras soluções, as fintechs podem garantir a proteção de seus dados e sistemas, construindo uma reputação sólida e otimizando seu desempenho.
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