As APIs (Application Programming Interface) são uma ferramenta poderosa para a integração de sistemas em uma empresa. Elas permitem que diferentes softwares se comuniquem entre si, compartilhando dados e funcionalidades. No entanto, a segurança de uma API é um tema crítico e que merece atenção.
Uma falha de segurança em uma API pode colocar em risco a integridade dos dados da empresa, além de expor informações sensíveis de clientes e usuários. Neste artigo, você vai saber mais sobre o que é, como funciona uma API e as melhores práticas para garantir a segurança da aplicação.
Conheça 5 práticas para garantir a segurança de APIs
Uma API define um conjunto de regras, protocolos e ferramentas que especificam como os componentes de software devem interagir e trocar informações entre si. Ela pode ser acessada por meio de uma variedade de protocolos e linguagens de programação
O protocolo mais comum para esse acesso é o HTTP (Hypertext Transfer Protocol), que é a base da web moderna. As solicitações de API são geralmente enviadas em formato JSON (JavaScript Object Notation), que é uma maneira de estruturar dados em um formato legível.
A segurança de uma API é extremamente importante, já que sua vulnerabilidade pode ser explorada por crackers para comprometer a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados e sistemas associados.
Confira, a seguir, algumas práticas de segurança que devem ser tomadas para proteger uma API:
1. Autenticação e autorização
A autenticação é o processo de verificação de identidade do usuário que está solicitando acesso à API. Geralmente, isso é feito por meio de um par de nome de usuário e senha, mas também pode ser feito por meio de tokens de acesso.
O objetivo da autenticação é garantir que apenas usuários autorizados possam acessar a API e as informações protegidas por ela. Sem uma autenticação adequada, qualquer pessoa pode fazer solicitações e acessar informações privadas, levando a violações de segurança e comprometimento de dados.
Existem várias opções de autenticação disponíveis, incluindo autenticação básica, autenticação baseada em token e autenticação baseada em certificado. Cada método tem seus prós e contras e os desenvolvedores precisam escolher o método que melhor se adapta às necessidades da empresa.
A autorização é o que determina se um usuário autenticado tem permissão para acessar um recurso específico da API. Por exemplo, um usuário autenticado pode ter permissão para visualizar as informações do perfil, mas não tem permissão para alterá-las.
Por isso, a autorização deve ser configurada com base no princípio do menor privilégio, o que significa que os usuários devem ter acesso apenas aos recursos e operações necessárias para realizar suas tarefas. Isso reduz a superfície de ataque e minimiza o risco de exposição de dados confidenciais.
2. Criptografia de dados
A criptografia é um método de transformação de dados em um formato codificado e que só pode ser lido por quem tem a chave de decodificação correta. A criptografia é essencial para proteger informações confidenciais transmitidas entre o cliente e o servidor, como senhas, informações de cartão de crédito e outras informações de identificação do usuário.
Existem vários tipos de criptografia, mas a criptografia simétrica e a criptografia assimétrica são as mais comuns. A criptografia simétrica usa a mesma chave para criptografar e descriptografar os dados. Ela é muito rápida e eficiente, mas não é tão segura quanto a criptografia assimétrica.
A criptografia assimétrica, por outro lado, usa duas chaves diferentes para criptografar e descriptografar os dados. Uma chave é chamada de chave pública e a outra é a chave privada. A chave pública pode ser compartilhada com qualquer pessoa, mas a chave privada é mantida em segredo.
Quando o cliente deseja enviar dados ao servidor, ele criptografa os dados usando a chave pública do servidor. O servidor, em seguida, usa sua chave privada para descriptografar os dados. Esse processo é muito seguro, pois mesmo que a chave pública seja comprometida, os dados ainda não podem ser decodificados sem a chave privada correspondente.
Existem vários algoritmos para criptografia, como AES (Advanced Encryption Standard) e RSA (Rivest–Shamir–Adleman). Esses algoritmos são amplamente utilizados na criptografia de dados em sistemas de TI e ajudam a garantir que as informações permaneçam confidenciais durante a transmissão.
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3. Validação de entrada de dados
Antes de aceitar os dados fornecidos pelos usuários, a API deve verificar se eles estão no formato correto e não contêm caracteres maliciosos ou códigos que possam ser usados para explorar vulnerabilidades na API. A validação de entrada de dados é importante porque pode ajudar a prevenir ataques comuns, como injeção de SQL e Cross-Site Scripting (XSS).
Em uma injeção de SQL, por exemplo, um cracker envia comandos SQL maliciosos para a API, que executa esses comandos sem verificar se são seguros. Isso pode permitir que o cibercriminoso execute comandos no banco de dados subjacente, permitindo que ele acesse, modifique ou exclua informações confidenciais.
Já o Cross-Site Scripting (XSS) envolve o envio de código malicioso para a API, que é então executado no navegador do usuário. Isso pode permitir que um atacante assuma o controle da sessão do usuário e execute ações maliciosas em seu nome.
Para proteger contra esses tipos de ataques, a validação de entrada de dados deve ser realizada em todos os dados recebidos pela API. Isso inclui validar o formato do dado (por exemplo, verificar se um endereço de e-mail tem o formato correto), sanitizar os dados (remover caracteres maliciosos) e, quando necessário, realizar uma validação adicional para garantir que o dado é seguro.
Uma boa prática é usar bibliotecas de validação de dados, que podem ajudar a automatizar o processo de validação e reduzir o risco de erros humanos. Além disso, a API pode usar técnicas como a injeção de parâmetros preparados para evitar injeções de SQL e usar cabeçalhos de segurança, como o Content Security Policy (CSP), para ajudar a prevenir ataques XSS.
4. Limite de solicitações de acesso
É essencial estabelecer um número limite de solicitações que um cliente pode fazer à API em um determinado período de tempo. Se um cliente exceder esse limite, a API pode bloquear temporariamente o acesso do cliente ou responder com um código de status HTTP que indica um erro de limite de taxa.
O limite de solicitações ajuda a proteger a API de ataques de negação de serviço (DoS) e de força bruta. Um ataque de negação de serviço tem como objetivo tornar a API indisponível, inundando-a com um grande volume de solicitações. Esse tipo de ataque pode ser realizado por um ou vários dispositivos, e pode ser difícil de identificar e bloquear.
Um ataque de força bruta envolve tentativas repetidas de adivinhar credenciais de login ou outras informações de segurança. Com o limite de solicitações, a API pode limitar o número de tentativas que um cliente pode fazer para autenticar ou para enviar dados em um curto período de tempo.
É importante comunicar claramente as políticas de limitação de taxa para os usuários da API, registrando o número limite na documentação da API, usando códigos de status HTTP e mensagens de erro claras para informar aos clientes quando eles atingiram o limite de solicitações.
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5. Monitoramento e auditoria da API
O monitoramento e a auditoria de uma API é essencial para garantir a segurança e o bom funcionamento da aplicação a longo prazo. O monitoramento envolve a coleta de dados sobre o uso da API, incluindo informações sobre as solicitações recebidas, os tempos de resposta, os erros de sistema e as tentativas de acesso não autorizado.
O objetivo do monitoramento é identificar rapidamente qualquer problema de desempenho ou segurança e tomar medidas para corrigi-los. Além disso, o monitoramento também pode ser usado para identificar tendências de uso da API e para planejar melhorias na sua interface e funcionamento.
Já a auditoria da API envolve a análise sistemática dos registros de eventos gerados por ela, identificando possíveis violações de segurança ou outras anomalias. Os registros de eventos incluem informações como horários de acesso, identificadores de cliente, códigos de resposta, parâmetros de solicitação e endereços IP de origem.
Ao analisar esses registros, os auditores podem identificar comportamentos suspeitos, como tentativas de acesso a recursos não autorizados, solicitações de alta frequência ou solicitações com parâmetros incomuns. Para monitorar e auditar a API, é importante estabelecer procedimentos claros para lidar com possíveis violações de segurança e desempenho.
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