Prevenção a fraudes digitais: tendências e estratégias de proteção

Explore as principais tendências de fraudes digitais no Brasil e conheça estratégias eficazes de prevenção, incluindo o novo serviço antifraude da Diazero.

27 de Maio 2025 | 11:30

Aprox. 18 minutos de leitura.


A ameaça das fraudes digitais cresce a cada ano e o Brasil está entre os países mais impactados. 

Conforme o Visa Merchant Fraud Report 2023, o Brasil tem o segundo maior risco de fraudes digitais no mundo, com índice de 14,24%.

Esse cenário reforça a necessidade de estratégias sólidas para proteger dados, operações e clientes. 

Neste artigo, exploraremos as principais tendências de fraudes digitais que impactam o Brasil. 

Também apresentamos táticas de prevenção, soluções tecnológicas e boas práticas para fortalecer a resposta a incidentes.

Por fim, destacamos o “SOC II – AntiFraude”,novo serviço avançado da Diazero Security voltado à proteção contra fraudes corporativas. 

O objetivo é apoiar líderes e profissionais na defesa de seus negócios em um ambiente digital cada vez mais desafiador.

1. Tendências emergentes das fraudes digitais no Brasil

À medida que os cibercriminosos evoluem, as empresas enfrentam novos desafios para proteger dados, operações e clientes. 

Em 2025, algumas modalidades de fraude se destacam pela sofisticação e impacto direto no ambiente corporativo. 

Confira a seguir as principais tendências no contexto brasileiro.

1.1. Roubo de identidade sintética

Esse tipo de fraude cresceu no Brasil com a digitalização dos serviços bancários e de crédito. 

Segundo a Febraban e outras instituições, fraudes com dados combinados de pessoas reais e fictícias têm dificultado a detecção de golpes em instituições que ainda usam métodos tradicionais de verificação. 

O cenário de crédito amplo e a popularização das compras parceladas agravam o risco.

1.2. Fraude por Apropriação de Conta (ATO)

O Brasil está entre os países que mais sofrem com vazamentos de credenciais e phishing bancário

Golpistas se aproveitam de senhas fracas, uso de apps de bancos e falta de autenticação multifator (MFA) para acessar contas e aplicar golpes.

O WhatsApp, amplamente utilizado no país para interações comerciais, também tem se tornado um canal recorrente para essas fraudes.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O INFOGRÁFICO

1.3. Ataques direcionados e engenharia social

Com o crescimento das redes sociais corporativas, dados públicos de executivos e colaboradores são explorados por cibercriminosos. 

Empresas brasileiras são alvos frequentes de phishing e fraudes BEC (Business Email Compromise), que envolvem pedidos falsos de transferências financeiras feitas em nome de diretores.

1.4. Fraude em aplicações digitais

Com o uso massivo de apps de crédito, empréstimos e seguros online, essa fraude se tornou comum no Brasil. 

Golpistas usam dados vazados ou adulterados para obter aprovações indevidas em serviços financeiros, especialmente em fintechs e bancos digitais.

1.5. Vazamento de dados e deep web

Em 2024, o Brasil ocupou a 7ª posição no ranking global de vazamentos de dados.

Informações pessoais e corporativas são constantemente encontradas à venda na deep e dark web, servindo como base para diversos tipos de fraudes.

Casos como o do Serasa, TSE e empresas privadas mostram a vulnerabilidade da proteção de dados no país.

2. Táticas eficazes para prevenção de fraudes digitais

Diante do aumento e sofisticação das fraudes digitais no Brasil, adotar uma postura proativa é indispensável para mitigar riscos. 

A prevenção exige uma combinação de medidas organizacionais, técnicas e comportamentais que devem ser integradas à cultura da empresa.

A seguir, apresentamos as principais táticas que ajudam a blindar sua organização contra golpes cada vez mais direcionados e complexos.

2.1. Fortalecimento da autenticação

O uso de MFA deve ser prioridade, especialmente em sistemas de acesso a dados sensíveis. 

Essa camada extra de segurança reduz drasticamente a eficácia de golpes como apropriação de contas e ataques baseados em credenciais vazadas.

Além disso, a implementação de biometria, tokens físicos ou aplicativos autenticadores é recomendada para aplicações críticas, incluindo ERPs, plataformas bancárias e acesso remoto via VPN.

2.2. Validação reforçada de identidade

Diante da ascensão do roubo de identidade sintética, é essencial aplicar mecanismos de validação documental avançada, prova de vida digital e análise comportamental na abertura de contas, concessão de crédito e onboarding de clientes.

Combinar dados internos com bases externas de validação, como bureaus de crédito e fontes públicas, também ajuda a detectar tentativas fraudulentas.

2.3. Monitoramento contínuo e análise de comportamento

Ferramentas de monitoramento de comportamento do usuário (UBA/UEBA) permitem identificar atividades anômalas dentro da rede corporativa. 

A análise em tempo real de padrões pode apontar acessos indevidos, tentativas de fraude ou movimentações suspeitas antes que causem prejuízos.

Essa tática é especialmente eficaz para combater fraudes em aplicações digitais e ataques direcionados, que normalmente usam credenciais legítimas para burlar controles superficiais.

2.4. Treinamento e conscientização contínuos

Fraudes baseadas em engenharia social, como phishing, BEC e ataques via WhatsApp, têm mais chances de sucesso quando as equipes estão despreparadas.

Por isso, investir em programas regulares de capacitação em segurança da informação é essencial. 

Simulações de phishing, treinamentos gamificados e campanhas de conscientização tornam os colaboradores a primeira linha de defesa contra ataques.

2.5. Política de segurança baseada em risco

Empresas que segmentam seus controles com base no nível de criticidade dos ativos e perfis de usuários conseguem aplicar medidas proporcionais e eficientes. 

Isso inclui limitação de acessos privilegiados, segmentação de rede e auditoria de logs para ambientes sensíveis.

Essa abordagem reduz a superfície de ataque e facilita a resposta a incidentes quando ocorrem.

3. Soluções para proteção contra fraudes digitais

A prevenção de fraudes digitais exige não apenas processos bem definidos, mas também tecnologia robusta e integrada. 

Com o avanço das ameaças e a ampliação da superfície de ataque, as soluções precisam ser inteligentes, adaptáveis e orientadas por dados.

Veja a seguir as principais ferramentas tecnológicas que as empresas podem adotar para aumentar sua resiliência frente às fraudes digitais.

3.1. Plataformas de autenticação forte

O uso de tecnologias de MFA e soluções de identidade digital com validação biométrica, reconhecimento facial e prova de vida tem se tornado um padrão de segurança essencial.

Essas soluções reduzem o risco de acessos indevidos, especialmente em fraudes como roubo de identidade e apropriação de contas em e-commerces e serviços financeiros.

3.2. Ferramentas de detecção de fraude baseada em IA

Soluções de fraude detection com inteligência artificial e machine learning analisam padrões de comportamento e identificam anomalias com muito mais precisão do que sistemas tradicionais.

Elas conseguem prever tentativas de fraude em tempo real, bloqueando automaticamente ações suspeitas e liberando alertas para investigação imediata.

3.3. EDR e XDR para monitoramento e resposta a incidentes

Ferramentas de EDR e XDR permitem monitorar endpoints, servidores e redes em busca de ameaças, inclusive as que envolvem movimentações laterais ou ataques silenciosos.

Com visibilidade integrada e respostas automatizadas, essas soluções são fundamentais para detectar invasores antes que causem prejuízos financeiros ou vazamento de dados.

3.4. Plataformas de prevenção a phishing e proteção de e-mail

Dado que o phishing ainda é a principal porta de entrada para fraudes corporativas, soluções de segurança para e-mail com análise de reputação, sandboxing e bloqueio de links maliciosos são indispensáveis.

Elas atuam de forma preventiva, filtrando comunicações perigosas e impedindo que colaboradores sejam enganados por mensagens aparentemente legítimas.

3.5. Sistemas de gerenciamento de identidade e acesso (IAM)

Plataformas de IAM ajudam a aplicar o princípio do menor privilégio e garantir que cada usuário só tenha acesso ao que realmente precisa. 

Isso evita abusos de credenciais, fraudes internas e movimentações não autorizadas.

Aliadas à autenticação contínua e à revisão periódica de acessos, essas ferramentas reduzem significativamente o risco de exploração de identidades privilegiadas.

3.6. Monitoramento de credenciais e dados na dark web

Empresas que monitoram vazamentos de credenciais e menções na dark web conseguem agir com antecedência diante de exposições.

O uso de ferramentas de threat intelligence torna o monitoramento mais preciso e eficaz, com detecção rápida de exposições e emissão de alertas.

Em alguns casos, essas soluções também permitem acionar processos de remoção de dados sensíveis, reduzindo riscos antes que se transformem em fraudes.

4. Boas práticas em planos de resposta a fraudes digitais

Mesmo com táticas e soluções avançadas de segurança, nenhum sistema é imune a incidentes. 

Por isso, contar com uma estratégia de resposta bem estruturada é essencial para mitigar impactos e retomar a normalidade o mais rápido possível.

4.1. Estabelecimento de um plano de resposta a incidentes

Toda empresa deve possuir um plano de resposta a incidentes claro, com papéis e responsabilidades definidos. 

O documento deve incluir procedimentos para identificação, contenção, erradicação, recuperação e lições aprendidas após cada incidente.

4.2. Formação de um time de resposta

É essencial ter uma equipe dedicada — interna ou terceirizada — para atuar na gestão de incidentes. 

Esse time deve incluir especialistas técnicos, responsáveis por comunicação, jurídico e liderança, garantindo uma resposta coordenada e multidisciplinar.

4.3. Simulações de resposta a incidentes

Treinar a equipe com simulações realistas ajuda a melhorar o tempo de resposta e identificar gargalos nos processos. 

Testes periódicos validam a eficácia do plano e reforçam o preparo dos envolvidos.

4.4. Comunicação clara e eficiente

Manter uma comunicação transparente e ágil é fundamental, tanto internamente quanto com clientes, parceiros e autoridades reguladoras. 

Isso ajuda a preservar a confiança e cumprir requisitos legais, como os da LGPD e RCIS.

4.5. Registro e análise pós-incidente

Cada incidente deve ser documentado e analisado. 

O objetivo é identificar a causa raiz, entender falhas nos controles e implementar melhorias para reduzir o risco de recorrência.

Ao adotar essas boas práticas, as empresas fortalecem sua resiliência frente às ameaças digitais e demonstram maturidade na gestão de riscos cibernéticos.

5. Conheça o SOC II – AntiFraude da Diazero Security

Para lidar com a crescente complexidade das fraudes digitais, a Diazero Security oferece o SOC II – AntiFraude, um serviço especializado em monitoramento contínuo, detecção e resposta a fraudes no ambiente corporativo.

Inspirado no framework de resposta a incidentes do SANS  Institute, o serviço aplica suas seis fases fundamentais: preparação, identificação, contenção, erradicação, recuperação e lições aprendidas. 

Cada etapa é adaptada à realidade dos cenários de fraude, garantindo uma resposta eficaz e orientada à mitigação de riscos financeiros e reputacionais.

Diferentemente de modelos genéricos de monitoramento, o SOC da Diazero atua de forma direcionada em fraudes de identidade, fraudes financeiras, manipulações em aplicações digitais, fraudes por engenharia social e uso indevido de credenciais. 

A operação é conduzida por uma equipe multidisciplinar com expertise técnica e conhecimento do cenário brasileiro, o que garante respostas rápidas, coordenadas e baseadas em evidências.

Entre os diferenciais do serviço, destacam-se:

  • Triagem especializada de alertas de fraude, reduzindo falsos positivos e priorizando incidentes críticos;
  • Adoção de tecnologias de ponta para análise comportamental, detecção de anomalias e automação de respostas;
  • Integração com dados de threat intelligence e monitoramento da dark web para antecipar ações maliciosas;
  • Relatórios personalizados e suporte estratégico à tomada de decisão em momentos críticos.

Com o SOC II – AntiFraude, sua empresa ganha um parceiro estratégico na proteção contra fraudes, fortalecendo a resiliência operacional e demonstrando compromisso com a cibersegurança.

Fale conosco e entenda como podemos proteger seu negócio com excelência.


CONTEÚDOS RELACIONADOS

Acessar
19 de Janeiro 2024 Segurança Segurança

Como o Google Cloud Platform garante a segurança na nuvem?

Saiba como o Google Cloud Platform oferece recursos para desenvolver e gerenciar aplicativos na nuvem com flexibilidade e segurança.

Acessar
22 de Dezembro 2023 Segurança Segurança

Backups de rotina: uma estratégia essencial para a segurança empresarial

Descubra como backups de rotina protegem negócios contra perdas de dados, garantindo continuidade e confiança no mercado.