Tipos de pentest: panorama das categorias e estilos de testes de penetração

Explore os principais tipos de pentest e seus estilos de execução (White, Black e Grey Box), conhecendo seus objetivos, metodologias e benefícios.

11 de Novembro 2024 | 13:00

Aprox. 13 minutos de leitura.


O pentest é uma ferramenta fundamental para avaliar e aprimorar a segurança de sistemas e redes. 

Ao simular ataques cibernéticos realistas, ele permite que as organizações identifiquem e corrijam vulnerabilidades críticas antes que possam ser exploradas por agentes mal-intencionados.

Neste artigo, exploraremos os principais tipos de pentest, destacando seus focos de análise, objetivos e metodologias aplicadas. 

Também examinaremos os três estilos de execução de testes de penetração — White Box, Black Box e Grey Box — detalhando seus propósitos, benefícios e limitações. 

Nosso objetivo é auxiliar na escolha da abordagem mais eficaz para cada contexto organizacional.

Principais tipos de pentest

Os testes de penetração podem ser classificados de várias formas, levando em consideração o foco e a abordagem adotados. 

Abaixo, apresentamos os tipos de pentest mais comuns.

Pentest de rede interna e externa

  • Foco: avaliar a infraestrutura de rede completa, tanto a parte interna (intranet) quanto a externa (exposta à internet);
  • Objetivos: identificar vulnerabilidades em firewalls, roteadores, switches, servidores e outros dispositivos de rede, simulando ataques como varreduras de portas, injeção de comandos e exploits;
  • Abordagem: tipo de pentest que pode ser realizado internamente (simulando um ataque de um funcionário malicioso) ou externamente (simulando um ataque de um cracker).

Pentest em nuvem

  • Foco: avalia a segurança de ambientes de nuvem, incluindo IaaS, PaaS e SaaS;
  • Objetivos: identificar vulnerabilidades em configurações de nuvem, APIs, armazenamento de dados e outros componentes;
  • Abordagem: envolve a análise da configuração da nuvem, a exploração de vulnerabilidades em serviços de nuvem e a simulação de ataques.

Pentest em redes sem fio

  • Foco: analisa a segurança de redes Wi-Fi e outros protocolos sem fio (Bluetooth, ZigBee);
  • Objetivos: identificar pontos de acesso não autorizados, fraquezas na criptografia, vulnerabilidades em configurações de roteadores e dispositivos IoT;
  • Abordagem: envolve a detecção de redes Wi-Fi, a tentativa de conexão e a exploração de vulnerabilidades.

Teste de penetração ágil

  • Foco: integra a segurança ao desenvolvimento de software, realizando testes de penetração de forma contínua;
  • Objetivos: identificar e corrigir vulnerabilidades o mais cedo possível no ciclo de desenvolvimento;
  • Abordagem: envolve a realização de testes de penetração em cada fase do desenvolvimento, desde a codificação até o lançamento do produto.

Teste de aplicações web

  • Foco: avalia a segurança de aplicações web, como sites e sistemas de e-commerce;
  • Objetivos: identificar vulnerabilidades como SQL injection, cross-site scripting (XSS), injeção de comandos e falhas de autenticação;
  • Abordagem: envolve a análise do código fonte, a interação com a aplicação e a exploração de vulnerabilidades encontradas.

Teste de aplicações móveis

  • Foco: analisa a segurança de aplicativos móveis para smartphones e tablets;
  • Objetivos: identificar vulnerabilidades como injeção de código, acesso não autorizado a dados, problemas de criptografia e side-channel attacks;
  • Abordagem: envolve a análise do código fonte, a interação com o aplicativo e a exploração de vulnerabilidades em diferentes plataformas (iOS, Android).

Engenharia social

  • Foco: avalia a resistência da organização a ataques sociais, como phishing, spear phishing e engenharia social direcionada;
  • Objetivos: identificar a eficácia dos treinamentos de segurança e a capacidade dos funcionários de identificar e reportar tentativas de ciberataques sociais;
  • Abordagem: envolve a simulação de ciberataques sociais por meio de e-mails, ligações telefônicas e outras técnicas.

Revisão de build e configuração

  • Foco: avalia a configuração de sistemas operacionais, servidores, dispositivos de rede e aplicações;
  • Objetivos: identificar erros de configuração, permissões inadequadas, software desatualizado e outras vulnerabilidades relacionadas à configuração;
  • Abordagem: envolve a análise detalhada das configurações de cada componente do sistema.

Estilos de pentest: White Box, Black Box e Grey Box

A quantidade de informações fornecidas ao testador em um pentest exerce grande influência sobre os resultados obtidos e a abordagem aplicada. 

A seguir, conheça os três estilos de pentest mais utilizados.

Pentest White Box (Caixa Branca)

No pentest White Box, o testador tem acesso amplo ao ambiente a ser avaliado, o que possibilita uma análise minuciosa da segurança. 

Isso inclui informações detalhadas sobre a infraestrutura de rede, sistemas operacionais, aplicativos, configurações, diagramas de rede e até o código-fonte.

Essa visibilidade abrangente permite que o pentester:

  • Identificar vulnerabilidades específicas: o acesso ao código-fonte permite ao testador localizar falhas de programação e lógica, possibilitando uma análise detalhada dos pontos de exploração;
  • Simular ataques direcionados: conhecendo a arquitetura do sistema, o pentester pode focar em áreas críticas, avaliando o impacto de vulnerabilidades específicas em pontos estratégicos;
  • Avaliar a eficácia dos controles de segurança: essa abordagem permite verificar se os controles de segurança estão configurados e operando adequadamente para mitigar riscos identificados.

As principais vantagens dessa metodologia são a alta precisão na identificação de vulnerabilidades, a simulação de ataques internos e uma avaliação detalhada dos controles de segurança.

Entretanto, o White Box tem limitações, como o menor realismo devido ao acesso extensivo às informações e a necessidade de um investimento significativo em tempo e recursos.

Pentest Black Box (Caixa Preta)

No pentest Black Box, o testador não possui acesso a informações internas do ambiente a ser avaliado. 

Ele inicia o teste como um atacante externo, sem conhecimento prévio sobre a infraestrutura, sistemas operacionais, aplicativos ou configurações. 

Essa abordagem simula a perspectiva de um invasor real e envolve o uso de técnicas de reconhecimento para coletar informações sobre o sistema alvo.

Essa limitação de visibilidade permite que o pentester:

  • Identificar vulnerabilidades exploráveis: o testador usa varredura de portas e análise de banners para identificar falhas exploráveis, simulando as ações de um ataque real;
  • Simular ataques gerais: sem informações específicas sobre a arquitetura, o pentester adota uma abordagem abrangente para avaliar como os sistemas reagem a diferentes ciberataques;
  • Avaliar a segurança perimetral: essa metodologia analisa as defesas externas, revelando falhas nas proteções da rede e dos sistemas diante de um ataque.

As principais vantagens dessa abordagem incluem a sua alta relevância prática, pois simula situações que um invasor enfrentaria ao tentar comprometer um sistema. 

Contudo, também apresenta limitações, como o maior tempo necessário para identificação de vulnerabilidades e a dificuldade em cobrir todos os possíveis pontos fracos da infraestrutura.

Pentest Grey Box (Caixa Cinza) 

No pentest Grey Box, o testador possui um nível intermediário de acesso às informações sobre o ambiente a ser avaliado. 

Ele recebe algumas credenciais ou informações limitadas sobre a infraestrutura, como configurações de sistemas, arquitetura de rede e, ocasionalmente, uma visão parcial do código-fonte. 

Essa abordagem proporciona um equilíbrio entre as metodologias Black Box e White Box.

Essa combinação de informações limitadas e o trabalho como um atacante interno permite que o pentester:

  • Identificar vulnerabilidades em áreas críticas: com acesso a algumas informações, o testador pode direcionar seu foco para áreas do sistema mais vulneráveis a falhas exploráveis;
  • Simular ataques que refletem cenários reais: o testador pode simular um atacante com credenciais, avaliando o impacto de ações de um funcionário mal-intencionado;
  • Avaliar a eficácia de controles de segurança em diferentes níveis: com acesso limitado, é possível avaliar se os controles de segurança protegem adequadamente o ambiente contra usuários internos.

A principal vantagem do pentest Grey Box é oferecer uma análise prática e focada das vulnerabilidades, refletindo a realidade operacional da organização e otimizando o uso do tempo e recursos.

No entanto, essa abordagem também apresenta limitações, como a possibilidade de cobertura incompleta e a dependência da qualidade das informações fornecidas.

Conclusão

O teste de penetração é crucial para proteger sistemas e redes contra ameaças reais, oferecendo tipos e estilos de pentest ajustados às necessidades específicas de cada organização.

Ao escolher a abordagem mais adequada — seja White Box, Black Box ou Grey Box —, as empresas conseguem identificar e corrigir vulnerabilidades de maneira proativa, aumentando a proteção contra possíveis invasores. 

Com essa estratégia direcionada, as organizações fortalecem a segurança de suas operações, reduzem riscos e garantem uma defesa robusta.

A Diazero Security possui uma equipe de segurança ofensiva altamente qualificada, oferecendo diferentes tipos de pentest para atender às necessidades específicas de cada cliente. 

Entre em contato conosco para descobrir como aprimorar a segurança e a resiliência cibernética de sua organização.


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