O que é engenharia social na segurança da informação?

Desvende os mistérios da engenharia social na segurança da informação! Aprenda a identificar e se proteger contra esses ataques habilidosos.

07 de Abril 2023 | 12:04

Aprox. 13 minutos de leitura.


O avanço da tecnologia trouxe inúmeros benefícios para as empresas, mas também abriu espaço para novos desafios e ameaças à segurança da informação. Uma das técnicas mais eficazes e perigosas exploradas por cibercriminosos é a engenharia social. Essa abordagem, muitas vezes ignorada, pode ser a porta de entrada para acessos não autorizados, fraudes e roubos de informações.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de engenharia social, como ela é utilizada por crackers para atacar empresas e o papel das organizações na preparação de suas equipes para identificar e se proteger contra esses ataques. Acompanhe e aprenda a fortalecer a segurança da informação em seu negócio.

O que é engenharia social?

A engenharia social é um conjunto de técnicas e estratégias utilizadas por pessoas mal intencionadas para manipular e persuadir as vítimas a revelarem informações confidenciais, como senhas, dados financeiros e outros segredos corporativos. Esses ataques baseiam-se na exploração da vulnerabilidade humana e das relações interpessoais, em vez de explorar vulnerabilidades técnicas em sistemas e redes.

Como os cibercriminosos exploram a engenharia social?

Crackers utilizam a engenharia social para obter acesso não autorizado a informações e sistemas corporativos. Eles manipulam funcionários e terceiros, abusando de sua confiança e ingenuidade para que revelem credenciais, informações financeiras ou detalhes pessoais que possam ser usados para realizar ataques direcionados e sofisticados.

Por que esse tipo de estratégia é eficiente?

A engenharia social se baseia nas tendências comportamentais do ser humano, as pessoas são naturalmente inclinadas a confiar, cooperar e ajudar os outros, o que pode ser explorado pelos criminosos. Além disso, muitas pessoas não estão cientes dos riscos associados à engenharia social, o que as torna mais vulneráveis a esses ataques.

Leia também: Quais os setores sofrem mais ciberataques?

10 tipos de ataques de Engenharia Social

Algumas técnicas comuns de engenharia social incluem o uso de persuasão, exploração de autoridade, construção de relacionamentos e manipulação emocional. Os criminosos podem se passar por colegas de trabalho, amigos, familiares ou autoridades para ganhar a confiança das vítimas e obter informações ou acesso.

Conheça mais sobre as principais estratégias utilizadas:

1. Pretexto
O pretexto é uma técnica que envolve criar uma história ou cenário convincente para obter informações da vítima.

Por exemplo, um golpista pode se passar por um funcionário do banco e ligar para você, alegando que há um problema com sua conta e que precisa verificar seus dados pessoais. Neste caso, a história é o pretexto para convencê-lo a revelar suas informações.

2. Elicitação
A elicitação é uma estratégia sutil que envolve fazer perguntas aparentemente inocentes para extrair informações valiosas da vítima.

Alguém pode se passar por um colega de trabalho, por exemplo, e durante uma conversa casual, perguntar sobre o andamento de um projeto confidencial. Você, sem perceber, fornece detalhes importantes sobre o projeto, que podem ser usados de forma maliciosa.

3. Phishing
O phishing é uma das técnicas mais conhecidas de engenharia social. Ele envolve enviar e-mails ou mensagens falsas que imitam instituições confiáveis, induzindo o usuário a fornecer dados pessoais, como senhas ou números de cartão de crédito.

Por exemplo, você pode receber um e-mail que parece ser do seu banco, solicitando que você atualize suas informações por meio de um link. Ao clicar no link, você é levado a um site falso que rouba suas informações.

4. Baiting
O baiting é uma técnica que oferece recompensas ou vantagens em troca de informações.

Um exemplo clássico é o golpe do “prêmio de loteria”. Neste caso, você recebe um e-mail dizendo que ganhou um prêmio enorme, mas precisa fornecer suas informações pessoais e bancárias para recebê-lo. Ao fornecer esses dados, você se torna vítima de roubo de identidade ou fraude bancária.

5. Quid pro quo
O quid pro quo é uma técnica que envolve a troca de favores ou serviços em troca de informações.

Um golpista pode oferecer suporte técnico gratuito, para solucionar um problema com seu computador,  por exemplo, e, em troca, solicitar suas credenciais de login. Ao fornecer suas informações, você permite que o criminoso acesse seus dados e sistemas.

6. Ataque ao homem do meio (Man-in-the-Middle)
Neste tipo de ataque, o criminoso se posiciona entre a vítima e o destinatário das informações, interceptando e possivelmente modificando as comunicações entre as partes.

Um golpista que intercepta uma conversa entre você e seu banco, por exemplo, alterando as informações de pagamento e direcionando os recursos para uma conta fraudulenta.

7. Tailgating ou Piggybacking
O tailgating, também conhecido como piggybacking, ocorre quando um invasor se aproveita da cortesia ou distração de um funcionário para entrar em áreas restritas sem a devida autorização.

Por exemplo, um criminoso se passa por um funcionário e entra no prédio com um grupo de pessoas, sem apresentar o crachá de identificação.

8. Dumpster Diving
O dumpster diving consiste em vasculhar o lixo de empresas e residências em busca de informações valiosas, como documentos descartados, anotações com senhas e outros dados pessoais.

Um criminoso encontra um extrato bancário com informações importantes no lixo de uma empresa, por exemplo, e usa esses dados para cometer fraudes.

9. Ataques de força bruta
Embora não seja uma técnica puramente social, os ataques de força bruta também podem ser considerados uma forma de engenharia social, por explorarem a tendência humana de criar senhas fracas e previsíveis.

Neste tipo de ataque, os criminosos utilizam ferramentas automatizadas para tentar adivinhar senhas mediante tentativas repetidas. Para se proteger desses ataques, é essencial criar senhas fortes e únicas para cada serviço que você utiliza.

10. Engenharia social reversa
A engenharia social reversa ocorre quando um criminoso se apresenta como a vítima, convencendo outras pessoas a fornecerem informações ou ajuda.

Por exemplo, um golpista liga para o suporte técnico de uma empresa, alegando ser um funcionário e solicitando auxílio para redefinir sua senha. Ao convencer o suporte técnico de sua identidade falsa, o criminoso obtém acesso às informações e sistemas da empresa.

Lembre-se: a melhor forma de se proteger contra ataques de engenharia social é estar sempre atento e desconfiar de situações que pareçam suspeitas. Informe-se sobre as diferentes técnicas e compartilhe conhecimentos com amigos, familiares e colegas de trabalho para criar uma rede de proteção coletiva contra essas ameaças.

Os riscos da Engenharia Social para as empresas

A engenharia social representa uma ameaça significativa para as empresas, pode levar à perda de informações confidenciais, como dados de clientes, propriedade intelectual e informações financeiras. Além disso, os ataques de engenharia social podem comprometer a integridade e a disponibilidade dos sistemas de TI, resultando em interrupções de negócios e prejuízos financeiros.

O papel das empresas na proteção contra esse tipo de ataque

Um dos principais meios de proteger sua empresa de ataques de engenharia social é através do treinamento e conscientização dos colaboradores.

Invista em programas de capacitação que abordem os riscos da engenharia social e ensinem as melhores práticas de segurança da informação.

Também é fundamental promover uma cultura de segurança, estimulando os funcionários a compartilhar conhecimentos e experiências. As organizações devem estabelecer políticas e procedimentos de segurança claros, como:

  • Controle de acesso: limitar o acesso a informações sensíveis apenas aos colaboradores que realmente necessitem.
  • Autenticação de duas etapas: utilizar mecanismos de autenticação mais seguros, como tokens ou aplicativos específicos.
  • Monitoramento e auditoria: acompanhar o uso de sistemas e recursos de TI para identificar atividades suspeitas e prevenir fraudes.

Identificando ataques de engenharia social

É crucial que os colaboradores estejam atentos aos sinais de alerta de um possível ataque de engenharia social, como:

  • comunicações não solicitadas ou inesperadas;
  • solicitações de informações confidenciais ou pessoais;
  • pressão para agir rapidamente ou urgência excessiva;
  • erros gramaticais ou de formatação em mensagens de e-mail.

Cultive práticas como:

  • não compartilhe informações confidenciais com pessoas desconhecidas ou não autorizadas;
  • desconfie de ofertas e recompensas que pareçam boas demais para ser verdade;
  • verifique a autenticidade de comunicações suspeitas, entrando em contato com a instituição ou empresa supostamente representada;
  • use soluções de segurança, como antivírus e firewalls, para proteger seus dispositivos e redes contra ameaças virtuais;
  • crie senhas fortes, não use versões piratas de softwares e mantenha todos atualizados.

A Diazero Security ajuda você a se proteger desses e outros ataques

As estratégias de engenharia social podem ser bastante sofisticadas e prejudiciais para as empresas. Felizmente, a Diazero Security está aqui para proteger sua organização contra esses e outros ataques cibernéticos.

Com um portfólio abrangente de 17 serviços especializados, incluindo MSS, Gestão de Vulnerabilidades, Teste de Invasão, Threat Intelligence e Phishing Corporativo, a Diazero garante a segurança das informações da sua empresa.

Não deixe que os ataques de engenharia social comprometam a segurança e a integridade das informações da sua empresa. Ao escolher a Diazero Security, sua empresa contará com profissionais altamente capacitados, comprometidos com a qualidade, agilidade e precisão na identificação e correção de vulnerabilidades. 

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