O ataque de dia zero explora vulnerabilidades de softwares ainda desconhecidas pelos desenvolvedores. Os cibercriminosos estão mais rápidos na exploração de falhas de dia zero, a média do tempo de exploração conhecida (TTKE) de falhas desse tipo caiu de 42 dias para 12 dias em 2020. E 52% das ameaças generalizadas têm início na exploração de dia zero.
Esses ataques podem ter um grande impacto na segurança de dados dos sistemas e podem ser motivadas por objetivos financeiros de cibercriminosos, espionagem comercial, hackativismo, resultando em graves prejuízos financeiros e de credibilidade para as empresas.
Neste artigo, você vai saber mais sobre o que é um ataque de dia zero, os riscos que ele representa e como se proteger. Boa leitura!
O que significa um ataque de dia zero?
O ataque de dia zero permite que agentes maliciosos tenham acesso a uma brecha de segurança antes que ela seja conhecida e uma correção seja implementada pelos desenvolvedores. Dia zero se refere ao primeiro dia em que um erro ou falha de segurança é descoberta.
Os ataques de dia zero são realizados por hackers ou crackers, empresas de segurança contratadas para essa finalidade, usuários do sistema etc. Cibercriminosos podem negociar informações sobre essas falhas de segurança, divulgar em fóruns na deep web e articular ataques ao sistema vulnerável.
Ataques de dia zero podem se beneficiar das falhas de segurança mais comuns dos sistemas e infectá-los com vírus e outros malwares desenvolvidos para a coleta de dados pessoais.
5 maiores ataques de dia zero registrados nos últimos anos:
- Em 2010, foi descoberto um dos casos mais famosos de ataques de dia zero, conhecido como Stuxnet. O alvo do ataque eram usinas de enriquecimento de urânio do Irã e tinha como objetivo prejudicar o programa nuclear do país.
- Em 2017, uma falha de segurança no Microsoft Word comprometeu as contas bancárias pessoais das vítimas que abriram um documento malicioso do software.
- Em 2019, a Microsoft sofreu um ataque de dia zero no Windows que comprometeu algumas organizações governamentais da Europa Ocidental.
- Em 2020, a Apple registrou vulnerabilidades de dia zero no iOS que facilitou o acesso dos cibercriminosos aos iPhones de usuários e comprometeu os dados desses consumidores.
- Em 2020, a plataforma de vídeo Zoom registrou um ataque de dia zero que permitiu ao hacker acessar remotamente o computador de um usuário.
Quais os riscos de um ataque de dia zero na sua empresa?
Nos últimos anos, observamos um aumento dos golpes cibernéticos no Brasil e no mundo. As vulnerabilidade de dia zero oferecem riscos a curto e longo prazo porque podem levar dias, semanas ou até mesmo meses para serem corrigidas. Quanto menor a frequência de atualização de um software, maiores suas vulnerabilidades de dia zero.
Sistemas operacionais, navegadores web, aplicativos de office e softwares de código aberto são os mais vulneráveis a ataques de dia zero, principalmente pela frequência de distribuição das atualizações. A Microsoft, por exemplo, disponibiliza correções de erros e falhas de segurança mensalmente.
Entre uma atualização e outra, desenvolvedores de software e cibercriminosos travam uma corrida em busca de eventuais falhas. Os crackers atuam para explorar as falhas de dia zero e criam aplicativos maliciosos focados em detectar essas brechas.
Um ataque de dia zero tem um grande potencial destrutivo, podendo devastar todo o sistema de dados, explorando falhas de controle de acesso, criptografia, algoritmo danificado e muitas outras possibilidades.
Como tratar um ataque de dia zero aos sistemas da sua empresa?
Erros acontecem, não há como se prevenir de uma falha de dia zero. A solução é mitigar as consequências e trabalhar na identificação de possíveis erros e inconsistências dos sistemas, e, no caso de um ataque, agir com rapidez.
Uma resposta rápida faz toda a diferença na hora de lidar com esse tipo de ataque. Por isso, é essencial criar um plano de resposta a incidentes de segurança para ser colocado em prática nesses casos e remediar os danos.
Uma alternativa valiosa é contratar uma empresa especializada em segurança digital para ajudar com a gestão de vulnerabilidades e garantir a proteção dos seus dados. Serviços como testes de invasão, ajudam a identificar potenciais problemas de segurança e evitar ataques.
Acima de tudo, para proteger sua empresa de ciberataques é preciso cultivar uma cultura de segurança de dados. A seguir, confira algumas dicas para se proteger:
- restringir privilégios de usuário do sistema operacional;
- ativar o firewall do sistema;
- monitorar o controle de acesso ao sistema;
- use softwares e aplicativos originais e mantenha todos atualizados;
- manter o antivírus atualizado;
- educar os usuários.
Quer saber mais sobre a contratação de um serviço especializado? Leia este outro artigo que publicamos para saber como escolher uma empresa de cibersegurança.
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