A principal porta de entrada para ciberataques são as falhas de segurança e de privacidade nos sistemas. Durante a pandemia de Covid-19, com a migração em massa do público para o online em uma digitalização forçada, o número de ataques cibernéticos disparou. No Brasil, o número de casos de ciberataques cresceu quase 300% nesse período.
Diferente do que parece, o aumento dos golpes cibernéticos não foi causado pela pandemia, ela só ajudou a escancarar um problema de segurança que já existia. A maioria das empresas não estavam prontas para oferecer um serviço online com segurança para seus colaboradores e consumidores finais.
A descentralização do acesso se tornou um desafio para empresas de pequeno e médio porte, que registraram um aumento de 140% no número de ciberataques. As violações de segurança são invasões ou qualquer espécie de acesso não autorizado aos dados, redes ou dispositivos de pessoas físicas ou jurídicas.
O número de ataques do tipo ransomware, que consiste no sequestro de dados e devolução apenas mediante pagamento do resgate, aumentou vertiginosamente, fazendo vítimas até entre as grandes emissoras de televisão do país. No dia 8 de outubro de 2022, a RecordTV teve seu arquivo de conteúdo sequestrado e ficou fora do ar por cerca de duas horas.
Algumas falhas de segurança mais comuns são as principais responsáveis por abrir brechas que deixam os sistemas vulneráveis para violações desse tipo. A seguir, saiba quais são essas falhas e quais as particularidades de cada uma.
1. Falha de regra de negócio
Uma das falhas de segurança mais comuns envolve o design e as configurações de segurança de um sistema. Também conhecida como falha de regra de negócio, o problema se refere às brechas de segurança que permitem aos invasores alterarem a lógica de funcionamento de aplicativos e sistemas.
Um design seguro deve contemplar barreiras de acesso à informação e camadas de proteção aos dados. Em relação às configurações de segurança, quanto mais personalização oferecida ao usuário, mais chances de falhas. Por isso a personalização da segurança precisa ser planejada com cautela, antecipando eventuais problemas.
2. Ataques de força bruta
A falta de atualização de softwares, drivers e aplicativos pode acarretar em falhas na integridade dos dados ou do próprio sistema. Assim, o sistema fica vulnerável a ataques de força bruta, que corresponde às tentativas de violação direcionadas.
Os invasores podem partir de um vazamento de dados ou tentar adivinhar uma senha ou nome de usuário usando o método de tentativa e erro — um processo que pode levar segundos ou anos.
3. Enumeração de contas
Outra falha de segurança muito comum está relacionada à falsificação de solicitações do servidor. A partir da enumeração de contas, alguns sistemas permitem a entrada simultânea de mais de um usuário no sistema, e os cracker se aproveitam disso para solicitar um e-mail de redefinição de senha.
A falsificação de solicitações do servidor é particularmente perigosa e pode causar danos imensos, porque permite que os invasores naveguem pelo sistema sem levantar suspeitas.
4. Falha de controle de autorização
Falhas no controle de autorização também são muito comuns. É essencial que haja uma política de segurança documentada, que deve ser usada como diretriz para definir as regras de acesso de cada usuário.
Ataques maliciosos, como e-mails de phishing e engenharia social também podem se beneficiar desse tipo de falha. O invasor pode se passar por um funcionário do suporte da empresa e solicitar a senha de um usuário, por exemplo.
5. Requisitos fracos para senhas
O uso de senhas fracas também é uma das principais vulnerabilidades de segurança. É fundamental que os usuários adotem requisitos fortes para as senhas, incluindo letras maiúsculas e minúsculas, e caracteres especiais.
Além disso, evite usar datas de aniversários e números sequenciais como senhas. E adote a verificação em duas etapas sempre que estiver disponível.
Como proteger sua empresa de ciberataques causados por falhas de segurança?
Os ciberataques custam muito caro para as empresas e os danos causados à sua reputação podem ser irreparáveis, em alguns casos. Mesmo assim, cerca de 79% das empresas só investem em segurança depois de um ataque.
A Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2020, foi um importante passo dado no Brasil com relação à segurança de dados digitais. Mas o suporte da legislação é só a ponta do iceberg, a prevenção é a melhor defesa. É preciso reforçar a segurança da sua empresa para evitar incidentes e a violação dos dados.
Manter a cibersegurança e proteger sua empresa de ciberataques também é uma questão de atitude. Por isso, conheça 3 práticas que ajudam a prevenir danos. Confira:
- Cultive uma cultura de segurança
Usar softwares e programas originais e mantê-los sempre atualizados é essencial para proteger sua empresa de uma violação de segurança. Os usuários precisam conhecer o valor dos seus dados e os riscos a que estão expostos. Por isso, é essencial capacitar os funcionários e tomar medidas como a mudança regular das senhas, por exemplo. - Monitore o tráfego na rede
Monitorar todos os processos, conexões de novos dispositivos e acessos à rede também ajuda a garantir a segurança dos dados. Usar um firewall ajuda nesse tipo de controle, além de criar mais uma barreira de proteção para o tráfego de dados da sua empresa. - Crie uma estratégia de contingência
Se você não puder evitar o ataque, reconhecer e saber como lidar com o problema com rapidez é decisivo para preservar seus dados. Por isso é essencial manter um backup recorrente das informações e traçar um plano de resposta de incidente, que será colocado em prática no caso de um ataque.
Agora que você já sabe quais são as falhas de segurança mais comuns e como elas abrem brechas para ciberataques na sua empresa, conheça 3 soluções exclusivas em cibersegurança.
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