Ataque de força bruta: definição, tipos e medidas de proteção

Explore o que é um ataque de força bruta, como ele funciona, seus principais tipos e as medidas de proteção mais eficazes.

12 de Agosto 2025 | 14:00

Aprox. 11 minutos de leitura.


No cenário atual da cibersegurança, os ataques de força bruta continuam sendo uma das ameaças mais persistentes e eficazes, tanto para indivíduos quanto para organizações. 

Esse tipo de ataque baseia-se no princípio do “tentativa e erro”.

O invasor testa sistematicamente todas as combinações possíveis de senhas, chaves de criptografia ou outros mecanismos de autenticação até encontrar a correta. 

Embora pareça uma abordagem rudimentar, ela torna-se extremamente perigosa quando combinada com softwares automatizados e botnets, capazes de realizar milhões de tentativas em poucos minutos.

Neste artigo, exploraremos o que é um ataque de força bruta, como ele funciona, seus principais tipos e as medidas de proteção mais eficazes.

1. O que é um ataque de força bruta?

Um ataque de força bruta é uma técnica usada por hackers para obter acesso não autorizado a informações, sistemas ou serviços online. 

O método consiste em tentar todas as combinações possíveis de caracteres até encontrar a senha, chave ou token correto. 

Diferente de ataques mais sofisticados que exploram vulnerabilidades específicas, o ataque de força bruta aposta na inevitabilidade matemática: com tempo e recursos suficientes, a senha será descoberta.

O termo “força bruta” refere-se justamente ao método direto e implacável de adivinhar credenciais, sem necessidade de enganar o usuário ou explorar brechas no sistema.

Os alvos mais comuns incluem:

  • Contas de e-mail e redes sociais;
  • Painéis de administração de sites;
  • Servidores SSH (Secure Shell);
  • Arquivos criptografados;
  • Sistemas corporativos com autenticação fraca.

Os objetivos variam desde roubo de identidade e fraude financeira até espionagem corporativa ou ataques com motivação política e ideológica.

2. Como funciona um ataque de força bruta?

O funcionamento segue uma sequência lógica:

  1. Seleção do alvo: o invasor escolhe uma conta, sistema, arquivo criptografado ou serviço online para atacar;
  2. Geração de combinações: é criada uma lista de senhas a serem testadas, que pode incluir senhas comuns e palavras de dicionário. Essa lista também pode conter combinações aleatórias de letras, números e símbolos;
  3. Automação do processo: softwares especializados executam as tentativas de forma automática, podendo realizar milhares de combinações por segundo;
  4. Tentativa e erro: o sistema testa cada combinação contra o mecanismo de autenticação do alvo;
  5. Sucesso ou fracasso: se a senha correta for encontrada, o invasor obtém acesso ao sistema. Se todas as combinações falharem, o ataque pode ser encerrado ou ajustado com novas listas de senhas.

A velocidade e a eficácia do ataque variam conforme a complexidade da senha e a capacidade de processamento do invasor. 

Também influenciam a presença de proteções adicionais, como bloqueio de tentativas e autenticação multifator (MFA).

3. Principais tipos de ataques de força bruta

Embora o conceito seja simples, existem variações dessa técnica que aumentam sua eficiência:

  • Ataque de força bruta simples: o método mais básico, em que o invasor tenta todas as combinações possíveis de caracteres até encontrar a correta. É extremamente demorado para senhas complexas, mas ainda eficaz contra credenciais fracas;
  • Ataque de dicionário: baseia-se em uma lista predefinida de palavras comuns, frases, nomes e sequências numéricas frequentemente usadas como senha (por exemplo, “123456” ou “senha123”). Essa abordagem é mais rápida do que tentar todas as combinações aleatórias;
  • Credential Stuffing: utiliza combinações de e-mail/usuário e senha obtidas em vazamentos anteriores para tentar acesso a outros serviços. É eficaz porque muitas pessoas reutilizam senhas em diferentes plataformas;
  • Ataque híbrido: combina ataques de dicionário e força bruta simples, inserindo variações nas palavras do dicionário (como substituir letras por números, por exemplo, “s3nh4”);
  • Ataque de força bruta reverso: ao invés de testar várias senhas para um único usuário, o invasor utiliza uma única senha (geralmente comum) para tentar acessos em múltiplas contas;
  • Ataque de força bruta em SSH: focado em servidores SSH, muito utilizados para administração remota. O invasor tenta adivinhar credenciais de acesso para comprometer servidores e, possivelmente, redes inteiras.

4. Ferramentas comuns usadas em ataques de força bruta

Diversos softwares foram desenvolvidos para automatizar o processo de tentativa e erro característico dos ataques de força bruta, tornando-os mais rápidos e eficientes. 

Entre os mais conhecidos estão:

  • Hydra: uma das ferramentas mais populares, capaz de testar credenciais em múltiplos protocolos, como HTTP, FTP, SSH e SMTP. Altamente customizável, é amplamente utilizada por profissionais de segurança em testes de penetração;
  • Medusa: reconhecida pela velocidade e eficiência, é ideal para lidar com grandes listas de usuários e senhas. Suporta autenticação em diferentes serviços e é otimizada para ataques em paralelo;
  • Ncrack: desenvolvida para auditorias de segurança em redes, oferece alto desempenho em protocolos como SSH, RDP, FTP e Telnet, sendo muito utilizada em testes corporativos.

Embora criadas com fins legítimos para auditoria e fortalecimento da segurança, essas ferramentas são frequentemente exploradas por cibercriminosos.

Isso reforça a necessidade de adotar políticas robustas de prevenção e mecanismos eficazes de detecção de uso indevido.

5. Medidas eficazes de proteção contra ataques de força bruta

A boa notícia é que existem diversas estratégias para reduzir drasticamente o risco de sucesso de um ataque de força bruta. 

A seguir, apresentamos as principais medidas recomendadas:

  • Políticas de senhas fortes: exigir que usuários criem senhas complexas, com combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Além disso, incentivar (ou impor) a troca periódica dessas credenciais;
  • Autenticação multifator (MFA): adicionar uma camada extra de segurança, solicitando não apenas a senha, mas também um código temporário enviado por SMS, aplicativo autenticador ou chave física. Isso impede que o invasor acesse a conta mesmo com a senha correta;
  • Atualizações regulares de software: manter sistemas, aplicativos e plugins sempre atualizados reduz o risco de exploração de vulnerabilidades que possam facilitar ataques;
  • Firewall de aplicações web (WAF): monitora e filtra o tráfego HTTP entre a aplicação e a internet, bloqueando solicitações suspeitas, como múltiplas tentativas de login em curto espaço de tempo;
  • Políticas de bloqueio de conta: configurar o sistema para bloquear temporariamente o acesso após um número definido de tentativas falhas de login, dificultando ataques automatizados;
  • Monitoramento e registro de logs: analisar logs de autenticação para identificar comportamentos suspeitos, como tentativas de login em massa ou acessos de locais incomuns.

6. Como a Diazero Security pode contribuir

O ataque de força bruta segue sendo uma das ameaças mais adaptáveis e perigosas no panorama atual da cibersegurança.

Na Diazero Security, atuamos como MSSP certificado pela ISO 27001, entregando soluções avançadas e de alta performance para proteger sua organização com eficiência.

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Não espere que um ataque de força bruta — ou qualquer outra ameaça cibernética — comprometa a segurança do seu negócio.

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