No cenário atual da cibersegurança, os ataques de força bruta continuam sendo uma das ameaças mais persistentes e eficazes, tanto para indivíduos quanto para organizações.
Esse tipo de ataque baseia-se no princípio do “tentativa e erro”.
O invasor testa sistematicamente todas as combinações possíveis de senhas, chaves de criptografia ou outros mecanismos de autenticação até encontrar a correta.
Embora pareça uma abordagem rudimentar, ela torna-se extremamente perigosa quando combinada com softwares automatizados e botnets, capazes de realizar milhões de tentativas em poucos minutos.
Neste artigo, exploraremos o que é um ataque de força bruta, como ele funciona, seus principais tipos e as medidas de proteção mais eficazes.
1. O que é um ataque de força bruta?
Um ataque de força bruta é uma técnica usada por hackers para obter acesso não autorizado a informações, sistemas ou serviços online.
O método consiste em tentar todas as combinações possíveis de caracteres até encontrar a senha, chave ou token correto.
Diferente de ataques mais sofisticados que exploram vulnerabilidades específicas, o ataque de força bruta aposta na inevitabilidade matemática: com tempo e recursos suficientes, a senha será descoberta.
O termo “força bruta” refere-se justamente ao método direto e implacável de adivinhar credenciais, sem necessidade de enganar o usuário ou explorar brechas no sistema.
Os alvos mais comuns incluem:
- Contas de e-mail e redes sociais;
- Painéis de administração de sites;
- Servidores SSH (Secure Shell);
- Arquivos criptografados;
- Sistemas corporativos com autenticação fraca.
Os objetivos variam desde roubo de identidade e fraude financeira até espionagem corporativa ou ataques com motivação política e ideológica.
2. Como funciona um ataque de força bruta?
O funcionamento segue uma sequência lógica:
- Seleção do alvo: o invasor escolhe uma conta, sistema, arquivo criptografado ou serviço online para atacar;
- Geração de combinações: é criada uma lista de senhas a serem testadas, que pode incluir senhas comuns e palavras de dicionário. Essa lista também pode conter combinações aleatórias de letras, números e símbolos;
- Automação do processo: softwares especializados executam as tentativas de forma automática, podendo realizar milhares de combinações por segundo;
- Tentativa e erro: o sistema testa cada combinação contra o mecanismo de autenticação do alvo;
- Sucesso ou fracasso: se a senha correta for encontrada, o invasor obtém acesso ao sistema. Se todas as combinações falharem, o ataque pode ser encerrado ou ajustado com novas listas de senhas.
A velocidade e a eficácia do ataque variam conforme a complexidade da senha e a capacidade de processamento do invasor.
Também influenciam a presença de proteções adicionais, como bloqueio de tentativas e autenticação multifator (MFA).
3. Principais tipos de ataques de força bruta
Embora o conceito seja simples, existem variações dessa técnica que aumentam sua eficiência:
- Ataque de força bruta simples: o método mais básico, em que o invasor tenta todas as combinações possíveis de caracteres até encontrar a correta. É extremamente demorado para senhas complexas, mas ainda eficaz contra credenciais fracas;
- Ataque de dicionário: baseia-se em uma lista predefinida de palavras comuns, frases, nomes e sequências numéricas frequentemente usadas como senha (por exemplo, “123456” ou “senha123”). Essa abordagem é mais rápida do que tentar todas as combinações aleatórias;
- Credential Stuffing: utiliza combinações de e-mail/usuário e senha obtidas em vazamentos anteriores para tentar acesso a outros serviços. É eficaz porque muitas pessoas reutilizam senhas em diferentes plataformas;
- Ataque híbrido: combina ataques de dicionário e força bruta simples, inserindo variações nas palavras do dicionário (como substituir letras por números, por exemplo, “s3nh4”);
- Ataque de força bruta reverso: ao invés de testar várias senhas para um único usuário, o invasor utiliza uma única senha (geralmente comum) para tentar acessos em múltiplas contas;
- Ataque de força bruta em SSH: focado em servidores SSH, muito utilizados para administração remota. O invasor tenta adivinhar credenciais de acesso para comprometer servidores e, possivelmente, redes inteiras.
4. Ferramentas comuns usadas em ataques de força bruta
Diversos softwares foram desenvolvidos para automatizar o processo de tentativa e erro característico dos ataques de força bruta, tornando-os mais rápidos e eficientes.
Entre os mais conhecidos estão:
- Hydra: uma das ferramentas mais populares, capaz de testar credenciais em múltiplos protocolos, como HTTP, FTP, SSH e SMTP. Altamente customizável, é amplamente utilizada por profissionais de segurança em testes de penetração;
- Medusa: reconhecida pela velocidade e eficiência, é ideal para lidar com grandes listas de usuários e senhas. Suporta autenticação em diferentes serviços e é otimizada para ataques em paralelo;
- Ncrack: desenvolvida para auditorias de segurança em redes, oferece alto desempenho em protocolos como SSH, RDP, FTP e Telnet, sendo muito utilizada em testes corporativos.
Embora criadas com fins legítimos para auditoria e fortalecimento da segurança, essas ferramentas são frequentemente exploradas por cibercriminosos.
Isso reforça a necessidade de adotar políticas robustas de prevenção e mecanismos eficazes de detecção de uso indevido.
5. Medidas eficazes de proteção contra ataques de força bruta
A boa notícia é que existem diversas estratégias para reduzir drasticamente o risco de sucesso de um ataque de força bruta.
A seguir, apresentamos as principais medidas recomendadas:
- Políticas de senhas fortes: exigir que usuários criem senhas complexas, com combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Além disso, incentivar (ou impor) a troca periódica dessas credenciais;
- Autenticação multifator (MFA): adicionar uma camada extra de segurança, solicitando não apenas a senha, mas também um código temporário enviado por SMS, aplicativo autenticador ou chave física. Isso impede que o invasor acesse a conta mesmo com a senha correta;
- Atualizações regulares de software: manter sistemas, aplicativos e plugins sempre atualizados reduz o risco de exploração de vulnerabilidades que possam facilitar ataques;
- Firewall de aplicações web (WAF): monitora e filtra o tráfego HTTP entre a aplicação e a internet, bloqueando solicitações suspeitas, como múltiplas tentativas de login em curto espaço de tempo;
- Políticas de bloqueio de conta: configurar o sistema para bloquear temporariamente o acesso após um número definido de tentativas falhas de login, dificultando ataques automatizados;
- Monitoramento e registro de logs: analisar logs de autenticação para identificar comportamentos suspeitos, como tentativas de login em massa ou acessos de locais incomuns.
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