Entenda as diferenças entre pentest e análise de vulnerabilidade

Saiba o que é análise de vulnerabilidade, como funciona o pentest e quais as principais diferenças entre essas ferramentas de segurança da informação.

08 de Abril 2022 | 9:10

Aprox. 7 minutos de leitura.


Nos últimos anos, o crescimento no número de ataques de cibercriminosos tem gerado nas empresas uma maior preocupação com a segurança digital da organização. Com isso, a proteção e integridade dos dados tornaram-se uma questão estratégica, aumentando a importância do pentest e análise de vulnerabilidades.

Embora ambas as ferramentas sejam importantes para ampliar a segurança digital da empresa, é essencial conhecer as diferenças entre o pentest e a análise de vulnerabilidades. Dessa forma, é possível entender qual se adapta melhor às necessidades da sua empresa.

Continue lendo e saiba quando aplicar cada estratégia.

O que é análise de vulnerabilidades?

A análise de vulnerabilidades é realizada para identificar e corrigir falhas de redes e sistemas. Seus principais objetivos são:

  • Identificar e tratar falhas que comprometem a segurança da empresa;
  • Selecionar soluções de segurança e mecanismos para bloquear ataques;
  • Alterar as configurações para tornar os softwares menos suscetíveis a ataques e invasões.

Esse teste faz parte de uma rotina que pode ser automatizada com a utilização de um software que busca pontos de falha, ou seja, brechas que podem ser exploradas por cibercriminosos para invadir a rede ou sistema corporativo.

Nesse sentido, os scanners de vulnerabilidade ativos são os que estão sempre em funcionamento e não dependem de um operador para realizar uma varredura em todos os sistemas, máquinas e redes em busca de pontos sensíveis ou vulneráveis.

Já os scanners passivos são softwares programados para realizar varreduras ocasionais em períodos predeterminados e de acordo com a programação definida. Embora não demandem processamento, conseguem identificar diversas falhas de segurança.

O que é pentest?

Pentest é a abreviatura do termo em inglês penetration test, que pode ser traduzido para o português como teste de intrusão ou de invasão.

Essa ação faz parte da área de Ethical Hacking, que testa sistemas de computadores, redes ou aplicações web em busca de vulnerabilidades de segurança que podem ser exploradas por cibercriminosos.

Para isso, o pentest simula um ataque hacker que explora as vulnerabilidades do sistema, buscando identificar os pontos fracos da defesa de modo que a equipe possa melhorá-los.

Esse processo também expõe as informações e os dados que estão sujeitos a roubos e outras falhas que colocam partes do sistema em risco.

Dessa forma, é possível testar e validar a eficácia dos mecanismos de proteção do negócio, bem como avaliar as possíveis consequências das vulnerabilidades e apontar soluções.

Os principais tipos de pentest são:

  • White box: é o modelo que provê a maior quantidade de informações à equipe que irá realizar o teste, sejam estas documentações de código, infraestrutura ou apresentação de regra de negócio em aplicações. Com esses dados, é possível fazer um teste direcionado a analisar o que pode ser adicionado e reestruturado para otimizar a segurança da organização.
  • Black box: ao contrário do anterior, no black box a equipe envolvida não possui acesso às  informações privilegiadas do alvo. Esse modelo é o mais próximo de um ataque hacker real, já que os profissionais têm poucas informações em mãos e precisam emular o pensamento de um invasor para identificar as vulnerabilidades dos sistemas.
  • Gray box: é um intermediário entre os dois modelos anteriores, já que os especialistas têm um nível mediano de informações sobre a empresa. Em geral, os pentesters não atuam às cegas, como na modalidade black box, mas têm uma quantidade menor de dados específicos da organização. Essa modalidade é empregada em testes de aplicação web em que são fornecidas credenciais de acesso para que o teste possa abranger todas as funcionalidades da aplicação-alvo.

Qual a diferença entre pentest e análise de vulnerabilidades?

Como você viu, ambos os métodos têm o objetivo de identificar possíveis falhas que podem ser exploradas por cibercriminosos para invadir as máquinas, sistemas e redes da empresa.

No entanto, as principais diferenças estão na abordagem e no resultado final.

Enquanto a análise de vulnerabilidades gera uma lista de ameaças, que podem ser organizadas de acordo com sua criticidade em relação aos negócios da empresa, o teste de invasão demonstra quais os caminhos ou decisões que o invasor poderá tomar de acordo com as proteções encontradas, gerando um mapeamento detalhado.

A abrangência e a profundidade são dois pontos diferenciais entre os resultados dos métodos, pois a análise de vulnerabilidade visa detectar o máximo de ameaças possíveis sem um levantamento profundo de cada uma delas.

O pentest, por outro lado, é mais específico e verifica como um hacker poderia utilizar uma determinada falha para abrir caminho até os dados sensíveis da organização.

Outro ponto importante é o fato de que a análise de vulnerabilidade pode ser totalmente automatizada, já o pentest deve contar com profissionais especializados pois envolve tomadas de decisão e um conhecimento específico.

No entanto, ambas as soluções podem – e devem – ser usadas em uma estratégia de segurança da informação, pois os resultados se complementam.

Agora que você já sabe qual a diferença entre análise de vulnerabilidade e pentest, entenda como funciona a Threat Intelligence, uma rede de dados que permite às organizações criar estratégias de defesa e antecipação de ataques de cibercriminosos.
 


CONTEÚDOS RELACIONADOS

Acessar
19 de Janeiro 2024 Segurança Segurança

Como o Google Cloud Platform garante a segurança na nuvem?

Saiba como o Google Cloud Platform oferece recursos para desenvolver e gerenciar aplicativos na nuvem com flexibilidade e segurança.

Acessar
22 de Dezembro 2023 Segurança Segurança

Backups de rotina: uma estratégia essencial para a segurança empresarial

Descubra como backups de rotina protegem negócios contra perdas de dados, garantindo continuidade e confiança no mercado.