Entre as diversas ameaças cibernéticas, o ataque Man-in-the-Middle (MitM) ocupa um lugar de destaque no cenário atual.
Devido à sua capacidade de interceptar, manipular e até redirecionar dados entre duas partes sem que elas percebam.
O MitM, também chamado de hijack attack, é caracterizado pela inserção de um agente malicioso entre o emissor e o receptor em uma comunicação legítima.
A vítima acredita estar trocando informações diretamente com a outra parte, mas, na realidade, todo o tráfego passa por um intermediário controlado pelo atacante.
Neste artigo, exploraremos como esses ataques funcionam, os principais tipos existentes e as medidas eficazes de proteção, tanto para os usuários quanto para as organizações.
1. O que é um ataque Man-in-the-Middle (MitM)
O ataque Man-in-the-Middle (MitM) é um dos métodos mais antigos e estudados na cibersegurança, com registros desde a década de 1980.
Apesar do tempo, a técnica permanece relevante graças à evolução das ferramentas de ataque e à persistência de protocolos vulneráveis.
O cenário típico envolve um cliente e um servidor que trocam informações por um canal legítimo.
O atacante rompe esse canal e cria dois novos:
- Um entre o cliente e o atacante;
- Outro entre o atacante e o servidor.
Assim, cada solicitação do cliente passa pelo atacante antes de chegar ao servidor, e cada resposta do servidor passa pelo atacante antes de chegar ao cliente.
Isso dá ao invasor acesso a informações sensíveis como credenciais de login, dados financeiros e comunicações privadas, além da capacidade de alterar ou descartar mensagens.
2. Tipos de ataque Man-in-the-Middle (MitM)
Os ataques Man-in-the-Middle (MitM) podem ser classificados segundo o comportamento do invasor ou o protocolo vulnerável explorado.
2. 1. Quanto ao comportamento do invasor
- Passivos: o invasor apenas intercepta e lê as informações, sem modificá-las. Esse tipo é mais difícil de detectar;
- Ativos: o invasor manipula os dados antes de encaminhá-los, podendo inserir informações falsas, alterar valores ou redirecionar para destinos maliciosos.
2.2. Quanto ao protocolo explorado
2.2.1. ARP Poisoning/IP Spoofing
O protocolo ARP (Address Resolution Protocol) mapeia endereços IP para endereços MAC (Media Access Control) na rede local.
Por ser um protocolo não autenticado, um invasor pode enviar respostas ARP falsas para fazer com que o IP legítimo de um destino seja associado ao endereço MAC do próprio atacante.
Isso coloca todo o tráfego entre duas máquinas sob controle do invasor.
É uma técnica simples, mas extremamente eficaz em redes locais.
2.2.2. DNS Spoofing
O DNS (Domain Name System) converte nomes de domínio em endereços IP.
O ataque explora a ausência de autenticação na resposta DNS, enviando uma resposta falsa antes que o servidor legítimo responda.
Assim, o usuário é redirecionado para um site falso controlado pelo invasor, que pode capturar dados inseridos, como logins e senhas.
2.2.3. SSL Stripping
Consiste em remover a criptografia HTTPS da comunicação.
O invasor mantém uma conexão segura com o servidor, mas entrega ao usuário apenas HTTP, interceptando e lendo todas as informações transmitidas.
2.2.4. Wi-Fi Eavesdropping
Aqui, o atacante cria um ponto de acesso Wi-Fi falso, geralmente sem senha, atraindo usuários que buscam redes públicas gratuitas.
Uma vez conectados, todo o tráfego passa pelo atacante, que pode aplicar técnicas como SSL Stripping ou DNS Spoofing.
2.2.5. HTTPS Spoofing
O invasor apresenta um site falso com certificado fraudulento ou roubado, fazendo a vítima acreditar que está em um site seguro.
Esse método ganhou força durante a pandemia da COVID-19, com golpes envolvendo sites falsos de instituições de saúde e bancos.
2.2.6. DHCP Spoofing
O protocolo DHCP atribui automaticamente IPs e outras configurações de rede.
O invasor insere um servidor DHCP falso na rede e responde mais rápido que o servidor legítimo.
Assim, configura a vítima para usar um gateway controlado por ele, interceptando todo o tráfego.
3. Táticas de proteção contra ataques Man-in-the-Middle (MitM)
A defesa contra ataques Man-in-the-Middle (MitM) exige uma combinação de medidas preventivas e mecanismos de detecção.
Como detectar um ataque em andamento é difícil, a ênfase deve estar na prevenção.
3.1. Uso de HTTPS e criptografia forte
A adoção de HTTPS com TLS (Transport Layer Security) garante que os dados sejam criptografados e autenticados.
Os navegadores modernos alertam quando a conexão não é segura, e cabe ao usuário interromper imediatamente a navegação nessas situações.
3.2. Prevenção contra ARP Poisoning
- S-ARP (Secure ARP): adiciona autenticação ao protocolo, embora tenha limitações de escalabilidade;
- Endereços MAC estáticos: vincular manualmente IPs a MACs impede alterações maliciosas, mas requer administração constante;
- Dynamic ARP Inspection (DAI): valida pacotes ARP com base em registros de DHCP Snooping.
3.3. Proteção contra DNS Spoofing
- DNSSEC (Domain Name System Security Extensions): adiciona autenticação às respostas DNS;
- Uso de servidores DNS confiáveis e monitorados;
- Evitar alterações manuais de DNS em dispositivos sem necessidade.
3.4. Defesa contra DHCP Spoofing
- DHCP Snooping: impede que servidores DHCP não autorizados respondam a clientes;
- Port Security: limita o número de endereços MAC por porta, mitigando ataques de DHCP Starvation.
3.5. VPN (Virtual Private Network)
O uso de VPNs cria um túnel criptografado entre o usuário e o servidor VPN, ocultando o tráfego e dificultando que invasores identifiquem ou interceptem dados.
3.6. Proteção contra Wi-Fi Eavesdropping
- Evitar redes Wi-Fi públicas sem proteção;
- Utilizar conexões móveis ou redes conhecidas;
- Ativar VPN ao usar redes desconhecidas.
3.7. Antivírus e detecção de malware
Como alguns ataques MitM podem ser iniciados via malware, manter um antivírus atualizado é essencial para evitar infecções que facilitem a interceptação de tráfego.
3.8. Monitoramento e detecção de anomalias
- Tamper detection: verificar tempos de resposta e latência. Alterações significativas podem indicar interceptação;
- Monitorar certificados digitais e avisos de incompatibilidade.
4. Futuro dos ataques Man-in-the-Middle (MitM)
O avanço tecnológico, incluindo a expansão do 5G e da Internet das Coisas (IoT), aumenta a superfície de ataque para Man-in-the-Middle (MitM).
Cada novo dispositivo conectado representa um potencial ponto vulnerável.
O futuro da proteção contra MitM passa por:
- Algoritmos mais eficientes de detecção preventiva;
- Integração de inteligência artificial para identificar padrões de ataque em tempo real;
- Atualização constante de protocolos para eliminar brechas;
- Educação do usuário, já que a engenharia social ainda é um vetor importante nesses ataques.
5. Como a Diazero Security pode contribuir
O ataque Man-in-the-Middle (MitM) continua sendo uma das ameaças mais versáteis e perigosas no cenário atual de cibersegurança.
Na Diazero Security, atuamos como um MSSP certificado pela ISO 27001, oferecendo soluções avançadas e de alto desempenho para garantir a proteção da sua organização.
Nosso conceito de Hyper Performance combina tecnologia de ponta e inteligência especializada para oferecer uma defesa proativa e personalizada, ajustada às necessidades do seu negócio.
Ao contar com a Diazero Security, sua empresa terá:
- Custo otimizado, com soluções que maximizam o retorno sobre o investimento;
- Maior assertividade, por meio de monitoramento contínuo e detecção de ameaças em tempo real;
- Resposta rápida a incidentes, reduzindo o impacto de ataques e minimizando riscos;
- Produtividade aprimorada, liberando as equipes internas para se concentrarem em iniciativas estratégicas;
- Alta personalização das estratégias de defesa;
- Visibilidade total dos riscos, com painéis e relatórios que fornecem insights claros para decisões baseadas em dados.
Não espere que um ataque MitM ou qualquer outra ciberameaça comprometa a integridade do seu negócio.
Fale com a Diazero Security e descubra como podemos fortalecer a sua proteção digital de forma definitiva.